Pular para o conteúdo principal

Vilarejo - é preciso uma aldeia inteira para educar uma criança

Diz um ditado africano: É preciso uma aldeia inteira para educar uma criança



Vivendo entre essa  toda a sorte de mães,pais e famílias, mais a gente percebe tão rica é a vida da maternagem, e quão desafiadora ela pode ser. Quando li esse ditado, achei que nada fazia mais sentido. Já vi minha mãe comentando: tive duas filhas e não era assim, eu dava conta. Mas também lembro claramente que, por exemplo, quando minha irmã mais nova nasceu, fui transferida por cima do muro para a casa da vizinha, e lá fui muito bem cuidada até minha mãe voltar com o novo pacotinho que tinha minha irmã.

Depois cresci em um bairro onde as pessoas se ajudavam muito. Eu, por exemplo, aprendi a cozinhar com minha vizinha. Visita das tias eram comuns e, mesmo meus pais trabalhando muito, existia uma comunidade para ajudar a cuidar de mim, da minha irmã.

Hoje, você sabe: não é mais assim. Tenho um vizinho de porta que tem um bebê de um ano aproximadamente. Eu nunca troquei uma fralda dele. Nunca cozinhei pra mãe dele. Eu mal conheço seus pais. Nada além do bom dia e do boa tarde do elevador.

Percebi que a gente perdeu conexões que auxiliariam a cuidar dos nossos filhos. Nossas conexões agora são virtuais – a troca de mensagens nos grupos do facebook, no whatsapp. Palpites, conversas, mas não tem a ajuda em si. E a gente tem dúvida, né? A gente queria um apoio. A gente se preocupa. Se preocupa bastante

Na ordem da preocupação das mães, coloco a alimentação no topo delas. Não estou dizendo que todas as mães são naturebas ou se preocupam se a criança está comendo segundo as últimas indicações do protocolo. Estou falando da preocupação visceral: está comendo?  Está nutrido? É o suficiente para sua nutrição? Está crescendo saudável (seja na barriga ou fora dela?)

No consultório de nutrição, a gente fala das indicações, claro, mas fala muito dessas questões profundas. Como fazer meu filho ter um bom relacionamento com aquilo que o nutre? Pode ser na amamentação, na alimentação na saúde ou na alimentação na doença. E atender no consultório, eu e a paciente, eu e os pais e o paciente, é legal pra caramba. O máximo, posso dizer. A essência da hashtag #lovemyjob. Mas às vezes, eu enxergava questões, que dentro do trabalho do consultório, eu não poderia auxiliar.

Não fazia parte do escopo. E aí, aquela família ia pra casa e eu sabia, dava pra oferecer mais, se eles quisessem. Dava pra fazer uma aldeia. Dava pra fazer um Vilarejo!

E aí, nasce esse lugar, essa junção de serviços pensando em tudo o que poderíamos fazer para cobrir essa preocupação da nutrição, tudo o que  passava pela minha cabeça e da minha querida sócia, Juliana, mãe de dois.

 Um cardápio com receitas ajudaria? Um atendimento de introdução alimentar com receitas? E se esse atendimento fosse em grupo, para as mães poderem aproveitar não só a aula, mas a companhia delas? Que tal se você pudesse receber em casa produtos saudáveis já com receitas, sem precisar passar horas no mercado? E a amamentação? Se tivesse uma consultora de prontidão em cada espaço de São Paulo? E se tivesse uma pessoa para ajudar a puérpera, tipo uma vizinha especializada? E se a comida pudesse chega pronta para eu ficar com meu filho?

Tem tudo isso aí. E tem mais, tem parceira com gente do bem, gente como a gente, mães como a gente. Parceria se você quiser benefícios na escola do seu filho, tem a  nossa querida culinarista, mãe de um sortudo garoto chamado Dudu, que vem lá da terra do R puxado de vez em quando ajudar e ensinar alguma coisa pra gente.


A gente quer filhos fortes, peitos fartos de amor, frutas em qualquer quintal. São nossos sonhos semeando o mundo real. E a gente garante muito amor, para quando você for!



O blog continua. O consultório continua. Tudo continua. E com mais.

Beijo grande

Comentários

  1. Que fantástico!! Tenho certeza que será um sucesso! Pena que não tem atendimento em Niterói, RJ!! Meu bebezinho tem 10 dias e seria ótimo ter você para ajudar na minha dieta e dicas pra ele. Quem sabe você não lança um atendimento online... não custa sugerir!! rsrs

    ResponderExcluir
  2. Que fantástico!! Tenho certeza que será um sucesso! Pena que não tem atendimento em Niterói, RJ!! Meu bebezinho tem 10 dias e seria ótimo ter você para ajudar na minha dieta e dicas pra ele. Quem sabe você não lança um atendimento online... não custa sugerir!! rsrs

    ResponderExcluir
  3. Que fantástico!! Tenho certeza que será um sucesso! Pena que não tem atendimento em Niterói, RJ!! Meu bebezinho tem 10 dias e seria ótimo ter você para ajudar na minha dieta e dicas pra ele. Quem sabe você não lança um atendimento online... não custa sugerir!! rsrs

    ResponderExcluir
  4. Boa tarde,

    Gostaria de apresentar pra vocês uma loja de lembrancinhas de aniversários, casamentos, bodas, chá de bebê, batizado e eventos em geral. Produtos como: convites, ima de geladeira, banners, camisetas, chaveiros entre outros. Tudo personalizado.

    Deem uma olhada na página do face: https://www.facebook.com/retratuslembrancas
    Site: http://loja.retratus.com.br/
    Blog: http://blog.retratus.com.br/

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Comente! A nutri adora conversar!

Pots mais lidos

Intolerância a lactose em bebês? Provavelmente não!

Com certeza você já leu na web a palavra lactose. Dieta sem lactose. Iogurte sem lactose. Mas o que é lactose? Seria bom tirar das crianças também? Lactose é um dos carboidratos do leite. A grosso modo, um açúcar presente em leites.  Leite materno, por exemplo, tem muita, muita lactose. Nosso corpo, para digerir esse açúcar, usa enzimas que estão presentes no nosso organismo. Essas enzimas moram nas vilosidades intestinais. Vou mostrar: Lindas vilosidades no enterócito - isso é uma foto de dentro de um intestino! Pra ficar mais simpático, desenhei! Eu sei, sou melhor nutri que desenhista.... Quando um bebê está tranquilo, vivendo a vida bebelística, a lactose é uma benção pra ele. É sim. Lactose, quando é “quebrada” pela enzima, vira galactose e ajuda constituição de galactopeptídeos integrantes do sistema nervoso central. Ela também a juda a acumular água livre para reserva de termo-regulação , através da sudorese. Já viu como bebês suam? A lactose t

Avós na introdução alimentar - uma discussão de geração para geração

Você tem seu bebê e descobre que um mundo novo de informações estão aí, na sua frente. Não tem cartilha, mas tem opções: que tipo de criação eu darei?  Que tipo de mãe eu serei? E dentro das decisões, está a escolha da nutrição do seu bebê. Pensar em levar um bebê em nutricionista especialista e que trabalhasse com bebês para prevenção há 10 anos era uma coisa quase surreal. Você não teve isso. Mas a informação está aí, e você escolhe , de maneira consciente, dar de presente ao seu bebê uma boa oportunidade de ter uma alimentação bem prazerosa e saudável, iniciando agora, para que ele possa comer bem sempre. Mas tem muita gente que não entende exatamente o que você faz com essa decisão. E pessoas importantes para o seu bebê, como os avós do bebê. Aí pode ser que a  batalha, silenciosa ou não, é travada. Se sua mãe (ou sogra) está querendo te ajudar com seu bebê, se ela faz parte da sua rede de apoio hoje, muito provavelmente ela se preocupa e ama vocês . Já pensou que

Iogurte na alimentação das crianças

Bom dia pessoal! Vou seguir uma indicação de uma leitora querida, Alethéia , e escrever sobre iogurte na alimentação das nossas crianças. Eu sou superfã deste alimento! Rico em Cálcio (sempre estimulo consumo de alimentos ricos  neste micronutriente pois nossa população está bem carente....), tem a lactose (açúcar do leite) fermentada e por isso é de fácil digestão, rico em probióticos, as tais bactérias benéficas que equilibram nossa flora intestinal, fortalece o sistema imunológico e facilita o trânsito intestinal, entre outros benefícios.  O iogurte pode ser incluido na alimentação do bebê após o início da alimentação complementar, isso é, com 6 a 7 meses aproximadamente. Com algumas ressalvas e detalhes. Detalhe número 1: O iogurte para dar para o bebê, necessariamente tem que ser natural e sem açúcar. Os petit suisses vendidos no mercados contém corantes, aromatizantes e conservantes, substâncias estranhas ao nosso organismo (nós nutricionistas chamamos estas subs